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lunedì 11 gennaio 2010

A COR DO INVISÍVEL – MARIO QUINTANA (Editora Globo – 6ª edição). Intervento di Adriana Maria Leaci

Não é simples falar de poesia. Talvez porque é a mesma poesia que se fala sozinha, sem precisar de apresentações, de introduções, de explicações. Poesia se sente, se inspira, o resto são só palavras. Se nesse momento insisto em falar é porque se trata de Mario Quintana. Um poeta que conheci há pouco, com meu pesar, e lamento muito não te-lo apreendido em tempos mais remotos. Seus escritos podem ser definidos, pela classe intelectual, como herméticos ou minimalistas mas, na realidade, são todos versos de um coração simples que sabe observar. Ouso definir Quintana como o poeta do óbvio e do riso. Do óbvio porque é sempre muito claro quando expõe seu raciocínio. Do riso porque é difícil não sorrir ao ler um seu poema. Neste seu último livro, datado pela primeira publicaçao em 1989, cinco anos antes da sua morte, pode-se descobrir como, em 72 poemas, com seus versos breves e livres que o caracterizam, a sua poesia assume a mesma força da natureza, exprimindo o resumo do seu pensamento encantador de todos os seus anos vividos. Nele se encontram poemas que partem dos primeiros anos da sua mocidade até chegar aos últimos tempos, que se colegam como fios de um tecido. A intensidade do sentimento de Quintana faz materializar a alegria tanto quanto a tristeza. A sua constante admiração pelo universo, pelo criado, evocam a beleza de todos os seres, em todas as eras conhecidas. E até uma catástrofe, para o autor, pode se transformar em uma oportunidade otimística, como neste poema chamado “As civilizações”:

As civilizações desabam por implosão... Depois, como um filme passando às avessas
elas se erguem em camera lenta do chão. Não há de se nada... Os arqueólogos esperam, pacientemente, A sua ocasião!

Tudo o que envolve a sua existência não passa com indiferença pelo seu pensamento. Tudo surpreende na leitura desse volume, inclusive o que o mesmo Quintana diz sobre a sua obra: “O poema é uma garrafa de náufrago jogada ao mar. Quem a encontra salva-se a si mesmo.” Antes dele ninguém teria enxergado o mundo da cor que ele enxergou. E as cores já estavam todas lá, onde sempre estiveram. Invisíveis aos que não souberam tecer uma trama de palavras como Quintana. Poucos observam o mundo como o poeta e, sem ele, o invisível continuaria a não ter cor.

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